12 Fevereiro, 2019 - Café em Joinville Happy Hour em Joinville

Consumo de café no Brasil cresceu 4,8% no último ano

Os contratos de café na ICE Futures US em Nova Iorque trabalharam em alta na segunda-feira, praticamente recuperando as perdas da última sexta-feira, mas foram recuando no decorrer dos pregões seguintes. Os com vencimento em março próximo perderam 110 pontos na semana.

No mercado físico brasileiro, as ofertas em reais permaneceram praticamente no mesmo patamar em que fecharam a semana passada. O fortalecimento do dólar frente à nossa moeda compensou a queda das cotações do café em Nova Iorque.

Os produtores mostram bastante preocupação com os preços praticados pelo mercado. Afirmam que vender nas bases atuais significa prejuízo. A safra este ano foi maior, mas os principais insumos - defensivos, fertilizantes, energia elétrica e combustível - subiram forte enquanto os preços do café recuaram. Muitos entraram neste ano-safra já trazendo prejuízos acumulados com a quebra de produção nos dois últimos anos, resultado da seca atípica sobre os cafezais do sudeste brasileiro.

Mesmo considerando as ofertas baixas, muitos cafeicultores estão colocando lotes no mercado e aos poucos vão vendendo para fazer frente às despesas mais próximas.

As chuvas que caíram neste início de mês sobre os cafezais brasileiros foram irregulares e ainda insuficientes. Segundo vários agrônomos e cafeicultores, o calor intenso e a falta de chuvas sobre nossos cafezais desde meados de dezembro até o início de fevereiro, já trouxeram perdas à safra brasileira de café 2019/2020, mas só será possível quantificar a extensão das perdas mais à frente, quando terminar o período de maturação dos frutos.

A cadeia produtiva do café se reuniu na terça-feira, 5 de fevereiro, com o Governo Federal, que esteve representado pelos Ministérios da Agricultura, da Economia e das Relações Exteriores, para tratar da modernização das emissões do certificado de origem para exportação de café. A reunião teve o intuito de alinhar o processo de emissão dos certificados de origem da Organização Internacional do Café (OIC), como feitos atualmente, ao Portal Único do Governo Federal. Segundo os representantes de nossa cadeia produtiva, esse alinhamento gerará um processo digital mais dinâmico, eficaz e moderno.

O consumo de café no Brasil cresceu 4,8% no último ano, no maior ritmo desde 2006, e tende a avançar a taxas consistentes nos próximos anos, conforme a retomada econômica e mudanças de hábitos impulsionam a demanda doméstica pelo produto. Os dados, divulgados pela Associação Brasileira da Indústria de Café (ABIC) no último dia 6, tiveram nova metodologia, que passou a desconsiderar o volume antes atribuído às empresas não cadastradas, como fazendas, cafeterias, vendas em feiras e demais comerciantes informais.

Pelo novo método, o consumo de café somou 21 milhões de sacas no ano comercial, que vai de novembro de 2017 a outubro de 2018. Pelo antigo, atingiria cerca de 23 milhões de sacas. "Era um número cheio de incertezas", segundo o diretor-executivo da ABIC, Nathan Herszkowicz. O consumo per capita de café em grão cru no Brasil foi de 6,02 kg em 2018, ante 5,81 kg no ano anterior (Reuters).

Até dia 7, os embarques de fevereiro estavam em 330.128 sacas de café arábica, mais 22.665 sacas de café solúvel, totalizando 352.793 sacas embarcadas, contra 300.480 sacas no mesmo dia de janeiro. Até o mesmo dia 7, os pedidos de emissão de certificados de origem para embarque em fevereiro totalizavam 712.520 sacas, contra 696.400 sacas no mesmo dia do mês anterior.

Fonte: https://www.cafepoint.com.br/

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